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sábado, 4 de abril de 2015

Adoção de cão adulto: Adaptação entre irmãos

Após o primeiro contato inicial muito bem sucedido, precisamos adaptar os dois cães em casa. Afinal, a casa e seus humanos eram todos da Suzie. Agora ela precisaria dividir tudo. Vamos começar pelo estômago. 

Refeições

Depois de uma volta tranquila, Pistache e Suzie estão em casa. Hora de dar comida para eles. Eu conheço a Suzie, meio competitiva por comida, então, dei a comida dos dois separados no primeiro dia: ele comeu na lavanderia, ela na cozinha, porta fechada.

No segundo dia, café da manhã também dado separado, mas desta vez com a porta aberta. Eu precisava ver como seria a reação dos dois, ainda mais sabendo da gulodice da Suzie. Nenhum deles foi no prato do outro para comer (os dois comendo AN, ele desde o primeiro dia, porque rejeitou a ração, quis só a comida da nova mamãe). Nada de olhares atravessados, pelos eriçados, nenhum sinal de ansiedade ou agressividade, de nenhuma parte. Fui aproximando os potes, sempre de olho na reação dos dois. Hoje, eles comem um ao lado do outro, separados apenas pelo pote de água. Mas eu sempre de olho. Um espera o outro terminar de comer, para, aí sim, lamberem um o pote do outro. Os dois sentam para comer, o comando nem é verbal: o fato de eu pegar os potes já é o comando. Suzie espera eu colocar o prato no chão e dar o OK; Pistache ainda está no processo (porque ele demorou a ficar confiante o bastante para se sentar). 

Confiança

Família quase completa, passeando nas montanhas
na casa de uma amiga-irmã
Ele chegou medroso: afinal, foram quase 5 anos com uma família, agora está em um local totalmente novo, com pessoas estranhas, não familiares. Nos dois primeiros dias não me aproximei muito dele: esperava ele se aproximar. Quando ele se aproximava de mim com mais confiança, apresentava a minha mão pra ele, pra ele tocar com o focinho, e era recompensado por isso (targeting). Hoje, está totalmente relaxado com a gente e ambientado à casa e à rotina. 

Medos

Muitos de seus medos já acabaram: de cães latindo, de carros, ônibus, moto, caminhões passando, de algumas pessoas, de bater palmas, de tapinhas no bumbum (como carinho), de sentar (ele não sentava de jeito nenhum, agora senta pra tudo), de subir na cama, colchão, sofá, do aspirador de pó. Fui adaptando com calma ele a todas estas situações que antes o aterrorizavam. Ainda permanece o medo de fogos de artifício e um pouco quando há tempestades. Seguimos trabalhando. 

Rotina

Passeios diários às 6:15h da manhã; idas à uma praça; hora de comer, de treinar, de dormir. Completamente ambientado. 

Educação

Já entende o targeting (mostrar a mão), senta, vem, vamos dormir, hora do xixi. Senta pra comer, pra ganhar carinho, pra colocar a coleira. Agora precisa sentar pra sair, ainda não entendeu muito bem. Tenho que ir com calma, por ele ser mais sensível que a Suzie. Tenho trabalhado o Deixa, Deita e Fica (pra ele entender que eu sumo, mas volto). Tem melhorado também no aspecto de ficar sozinho.

Tem muita necessidade de roer e, no começo, ele roeu alguns brinquedos das meninas (eu estava desacostumada, porque a Suzie não tinha mais essa necessidade toda de roer). Ele ainda tem, então, sempre tenho ossos, brinquedos pra roer e fui ensinando  o que podia e não podia. Hoje as meninas já podem brincar no chão perto dele que ele não irá roubar seus brinquedos; posso deixar a porta do quarto delas aberta enquanto estou em casa que não há mais perigo: ele escolhe as coisinhas dele pra destruir. Hoje esqueci a porta do quarto delas aberta, e passeia a manhã fora, atendendo. Quando voltei, estava tudo intacto. Uma bela prova e ele passou com louvor!

Não faz xixi pela casa toda: faz na frente ou no quintal (e, finalmente, fez no passeio na rua, coisa que ele não fazia, esperava chegar em casa pra fazer). Durante a noite tem feito xixi, mas sempre no mesmo lugar na cozinha, sem marcar território. 

Amor

Maninhos dormindo juntos
Já é muito amado, como se ele sempre houvesse sido nosso e apenas tivesse passado uma temporada em outro lugar. Muito grudado com a gente, dengoso, adora um carinho, dormir junto, ama as meninas, adora uma lambidinha da Suzie nas orelhas. 

O que mais nos impressionou foi a Suzie: desde o primeiro dia em casa já aceitou ele deitar perto, do lado, não demonstrou ciúme algum. Não parece que realmente sempre estiveram juntos?


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